No Divã com Rodrigo Santoro

 Olá meninas, hoje trago-vos um post super diferente, é uma entrevista, mas apenas com algumas perguntas que eu selecionei, sobre o charmoso Rodrigo Santoro, espero que vocês gostem :) A entrevista tem como fonte uma jornalista brasileira e por isso manti o seu conteudo    

 Você nunca teve dificuldade para expressar o que sente?
Não, porque sempre existiu muito afeto na minha família. E isso faz diferença. Quando alguém fica famoso – hoje é tão fácil ficar famoso – e não tem essa base, qualquer vento que bate desmorona tudo.

Como manter a solidez ficando tanto tempo fora do Brasil?
Viajo muito a trabalho, mas nunca fico longos períodos longe da minha casa, que é no Rio de Janeiro. A ausência tem prazo de validade. E, quando estou lá fora, mantenho contato por telefone, pela internet. Esse é o lado bom da tecnologia.

Qual é o lado ruim?
Nossa, são tantos. Para tentar resumir, com o uso exagerado, as relações se tornam virtuais. Tenho um amigo que é assim: a gente senta para conversar e ele fica o tempo todo checando seus dois Blackberry (risos). É comum ver as pessoas na mesa do restaurante de olho no celular, vendo se aquele e-mail entrou, se fulano ligou. Esquecem-se de que existe um ser humano na frente. Não sou um grande fã dessa história. Não tenho Facebook nem Twitter. Mas também não estou aqui condenando. Uso a tecnologia, só tento ao máximo não depender dela. A tendência da mente já é a de viajar para frente ou para trás, nunca a de estar no agora. Pensamos no que podíamos ter feito, no compromisso de amanhã. Imagine com tantos aparatos à disposição. Ninguém mais consegue dizer: “Agora estou tomando esta água de coco, ouvindo a onda quebrar. Então, me deixe ficar aqui neste momento, e não em outro”. Eu me esforço para viver no presente. E prefiro olhar no olho – sou à moda antiga.
 
 
Falta convivência para as relações se tornarem mais fortes?
Não se trata de uma equação: se você fizer isso mais aquilo, o resultado será tal. Relacionamento é um eterno processo. Podemos acordar de um jeito diferente ou estar com um problema e acabar causando atritos. Não somos máquinas. É impossível decretar: “Agora está tudo bem e vai ficar assim para sempre”. Talvez falte compreender, aceitar as diferenças, saber ser quem você é e não se anular, mas ao mesmo tempo dar espaço para que o outro exista. Tentar que alguém se encaixe na sua forma de viver torna a ligação mais frágil.
 
Como foi atuar com Jennifer Lopez?
Foi bem rápido, apenas duas semanas, mas divertidíssimo. Não esperava que ela tivesse tanto talento para a comédia. É uma área que conheço pouco, e ela demonstrou que entende totalmente. E também pude contracenar com o Chris Rock, do qual sou fãzaço.


Como têm sido as suas experiências lá fora?
Gratificantes, difíceis, desafiadoras. Estou amadurecendo não só como ator mas também como homem. O fato de viver cada hora em um lugar e lidar com culturas diferentes e pontos de vista diferentes tem ampliado a minha visão de mundo.

Seu pai é italiano e veio para o Brasil ainda jovem. E você não falava o idioma até fazer Meu País. Nunca deu vontade?
Pelo contrário. Quando recebi o convite para o filme, meu avô falou (Rodrigo muda a entonação, como se estivesse bravo): “A vida inteira eu disse para você aprender!” “Mas, vô, eu nunca encontrei tempo!” (risos). Tudo o que sabia era grazie e ciao. Tive duas semanas e meia para aprender, fazendo quatro, cinco horas de aula todos os dias. Não sou fluente, porque o treino foi voltado para as várias falas do personagem, mas consigo me comunicar. Estou louco para que meu pai veja o filme – aliás, a família Santoro vai ficar louca!

Onde vive hoje?
Onde o trabalho está. Tenho casa no Rio, alugo em Los Angeles. E fico indo e voltando. Estou explorando e vivendo minha vida. Dois meses atrás estava em São Francisco, filmando um projeto para a HBO. Trabalhei com David Strathairn, cara genial!

Quais são os planos para o futuro?
A concretude dos meus planos é abstrata. A minha meta é o amadurecimento, evoluir como ator, trabalhar minha sensibilidade, meu corpo, minha voz. É uma influência que tenho sofrido por estar trabalhando fora. O ator lá fora tem formação e lê o tempo todo. Aqui não temos tanto essa cultura.
 
Undressed kiss

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